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Esqueçam um pouco do que está tão longe! Eu estou aqui! Eu te dou água! Eu não deixo a chuva escoar ferozmente pelas ruas! Eu melhoro o seu ar! Eu quero viver! Eu não quero me vestir em uma roupa concretada pelo neoliberalismo desumano! Eu sou o "Pasto do Pedrinho" que de pasto não tem nada, na verdade sou Cerrado onde a vida brota e rebrota, onde a vida eclode, onde a vida se transforma! Eu sou o "Pasto do Pedrinho", salve-me! (por Maxmiller Cardoso) (Criação do Blog em 25/11/2011, por Rodrigo de Oliveira, contato: rodyz1@gmail.com)

domingo, 29 de abril de 2012

Audiência Pública em Catalão define pela preservação do "Pasto do Pedrinho"

Outra matéria a cerca da Audiência Pública do Pasto do Pedrinho

(Texto: Lara Leão/ Estagiária da Assessoria de Comunicação Social do MP-GO – Supervisora de Estágio: Ana Cristina Arruda- Com informações da 4ª Promotoria de Justiça de Catalão)

O Ministério Público promoveu audiência pública para debater sobre o local denominado “Pasto do Pedrinho”, e a intenção do Projeto de Lei nº 56/2011, que pretende transformar a área, que atualmente é denominada área de preservação permanente (APP), em área de preservação ambiental (APA).

A mesa foi composta pelo promotor de Justiça Mário Henrique Cardoso Caixeta; pelo secretário de Planejamento do Município de Catalão, Luís Severo Gomides; pelo presidente da Câmara de Vereadores, Deusmar Barbosa da Rocha ; pelo superintendente de Unidades de Conservação da Semarh, José Leopoldo de Castro Ribeiro; pelo coordenador do Movimento do Pasto do Pedrinho, Paulo Hummel.

Na abertura do encontro, o promotor expôs os objetivos da audiência pública, sua finalidade de esclarecer as medidas de caráter jurídico e ambiental que visam à preservação e recuperação da área, que apesar de ser tratada como pública municipal, pertence a um empresário local, que recentemente a arrematou judicialmente. A audiência foi dividida em quatro blocos, entre explanações de professores, geólogos, arquitetos, integrantes da comunidade e do poder público.

Segundo o promotor, a respeito da possibilidade da unidade da área de conservação ser instalada em propriedade privada, com a fixação de limitações administrativas, ficou definido que, se as restrições ao uso da propriedade inviabilizarem o exercício deste direito individual, a área deve ser desapropriada.

Decisões
Numa das explanações a respeito da importância sócioambiental da área e dos prejuízos que podem decorrer de ações humanas, o geógrafo Gabriel de Melo Neto, da UFG, expôs as características biológicas da área e a importância em conservá-la, destacando a existência, no local, de espécies vegetais ainda não catalogadas e raras. Após as explicações, e perguntas dos integrantes da comunidade, todos os presentes concordaram com a preservação de 100% do “Pasto do Pedrinho” e a transformação da área em unidade de conservação de uso sustentável.

Diante disso, o promotor vai requisitar, do corpo pericial do MP um levantamento completo da degradação que ocorre no local, que será acompanhado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e pela equipe da UFG.

Ata da Audiência Pública sobre o Pasto do Pedrinho


Ata de audiência pública realizada no dia 20 de abril de 2012, às 19h30, na Câmara de Vereadores do Município de Catalão, para tratar da transformação da área denominada Pasto do Pedrinho em Unidade Conservação (inquérito civil público 015/2011). A audiência pública teve início com a formação da mesa diretora dos trabalhos e execução do Hino Nacional. A mesa foi composta pelo presidente da Câmara de Vereadores, Deusmar Barbosa da Rocha; pelo Secretário de Planejamento do Município de Catalão, Luís Severo Gomides; pelo Promotor de Justiça Mário Henrique Cardoso Caixeta; pelo Superintendente de Unidades de Conservação da SEMARH, José Leopoldo de Castro Ribeiro; pelo Coordenador do Movimento do Pasto do Pedrinho, Paulo Hummel Júnior. O promotor de justiça Mário Henrique Cardoso Caixeta expôs os objetivos da audiência pública. Em seguida, passou-se às explanações a respeito da importância sócio-ambiental da área, dos prejuízos que podem decorrer de ações humanas sobre a área e sobre as medidas que devem ser adotadas visando a preservação do local. O geógrafo Gabriel de Melo Neto (UFG) expôs as características biológicas da área e a importância em conservá-la, destacando a existência, no local, de espécies vegetais ainda não catalogadas e raras; destacou, ainda, que área forma um “pulmão” em Catalão e que a área representada, com muita variedade, o cerrado goiano. Em seguida, a professora Luzia Márcia Rezende Silva (UFG) expôs a necessidade de realização de estudos históricos, mas já destacou a importância sócio-cultural do espaço e a contribuição deste na formação da identidade de Catalão. Em seguida, Paulo Hummel Júnior expôs experiências vividas no Pasto do Pedrinho, destacando a importância do espaço na formação da identidade do povo catalano. Em seguida, o geógrafo Gabriel de Melo Neto expôs o prejuízo que determinados empreendimentos podem acarretar ao espaço denominado Pasto do Pedrinho; expôs, também, problemas já enfrentados por Catalão, decorrente da impermeabilização do solo, que serão agravados com a ocupação do Pasto do Pedrinho. Em seguida, expôs a geógrafa Ione Soares da Silva Rocha, que tratou da importância de preservação da área e reafirmou que obras de impermeabilização no local agravarão problemas já verificados em Catalão, tais como inundações nas margens da av. Raulina F. Paschoal, aquecimento do clima e baixa humidade. Em seguida, expôs o geógrafo Laurindo Elias Pedrosa, que também destacou a importância de preservação do espaço. Em seguida, expôs José Leopoldo, Superintendente de Unidades de Conservação da SEMARH, a respeito dos trâmites necessários para a instalação de unidades de conservação. Destacou o orador que a SEMARH está à disposição para auxílio técnico na implementação da unidade de conservação; afirmou, também, que hoje o Estado de Goiás não dispõe de recursos para desapropriar a área, mas que o corpo técnico da SEMARH poderá auxiliar, tanto o Município de Catalão, como também o movimento, na instalação da unidade. Em seguida, expôs o Promotor de Justiça Mário Henrique Cardoso Caixeta, a respeito da titularidade da área e da possibilidade da unidade de conservação ser instalada em propriedade privada, com a fixação de limitações administrativas. Destacou, porém, que se as restrições ao uso do propriedade inviabilizarem o exercício deste direito individual, a área deve ser desapropriada. Em seguida, expôs a arquiteta Janaína Faleiros, sobre a viabilidade e importância da existência de parques em núcleos urbanos. Por fim, explanou Maxmiller Cardoso, acadêmico do curso de Ciências Biológicas da UFG, que, destacou a importância de áreas verdes no núcleo urbano. Ao final, facultou-se aos presentes a colocação de críticas, perguntas e ponderações. Em síntese: 1) Rodrigo, professor de Ed. Física: aduziu a necessidade de unir lazer, esporte e meio ambiente; Cléber, jornalista, perguntou se não seria inócua a discussão, pois a área é particular, ao que foi respondido que não, pelo Promotor e pelo Sup. De Unidades de Conservação; Silvano Batista, vereador, colocou-se à disposição para auxiliar na consolidação da APA; Luciana, aluna de ciências biológicas, indagou do Poder Executivo o que poderia ser feito. Em resposta, o Sec. de Planejamento, Luís Severo, afirmou que a Prefeitura Municipal não é favorável a qualquer loteamento na área do Pasto do Pedrinho, ressaltando que área deve ser cem porcento preservada; afirmou que qualquer loteamento deve obediência às regras legais; explanou sobre o orçamento municipal, destacando as obrigações constitucionais do município e asseverou a impossibilidade de aquisição pelo poder público e da impossibilidade do poder público cercar ou conter a área, que é particular. Também em resposta, o Superintendente reafirmou a parceria do Estado de Goiás na constituição da unidade de conservação, porém, deixou mais uma vez consignado que o Estado se vê impossibilitado de adquirir a área, também por limitações orçamentárias; o vereador Vanderval Florisbelo ressaltou as experiências vividas no espaço e se colocou à disposição para auxiliar no que for necessário; Gabriel destacou a ocorrência de crimes ambientais no local da área e cobrou do MP e das Secretarias de Planejamento e do Meio Ambiente de Catalão ações visando coibir esses crimes e preservando o local. Pelo Promotor de Justiça foi respondido o seguinte: irá requisitar do corpo pericial do MPGO levantamento completo de todas as ações de degradação que ocorrem no local; o levantamento pelo MPGO será acompanhado pela Sec.  Municipal de Meio Ambiente e por agentes da UFG; o Secretário de Planejamento informou que todas as medidas necessárias à conservação do local, que estiverem ao alcance do Município, serão tomadas. Ao final da reunião, ficou decido: a) agendar reunião com Poder Executivo Municipal, para tratar da viabilidade de desapropriação do local; b) buscar junto às empresas privadas parcerias para a aquisição da área; c) constituir juridicamente uma associação para, no futuro, atuar como órgão gestor do parque. Pelo Ministério Público, ficou decidido que: a) requisitar do corpo pericial do MPGO levantamento completo de todas as ações de degradação que ocorrem no local; o levantamento pelo MPGO será acompanhado pela Sec.  Municipal de Meio Ambiente e por agentes da UFG. Feito o levantamento das situações de degradação ambiental, a Secretaria de Meio Ambiente lavrará as necessárias autuações; após o laudo do corpo pericial do Ministério Público, será cobrado do atual proprietário da área o cercamento completo e o atendimento de todas as normas fixadas no Código de Posturas do Município. A audiência encerrou-se às 23h, com a seguinte conclusão, unânime entre os presentes: PRESERVAÇÃO DE 100% DA ÁREA DENOMINADA PASTO DO PEDRINHO; e TRANSFORMAÇÃO DA ÁREA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL. Nada mais foi dito, encerra-se a presente ata.

Audiência Pública sobre o Pasto do Pedrinho tem resultado positivo


O plenário da Câmara Municipal de Vereadores estava lotado.


Na sexta-feira, dia 20 de abril, foi realizada a audiência pública sobre a área do Pasto do Pedrinho, no auditório da Câmara Municipal de Vereadores, promovida pelo Ministério Público, para que o município e a comunidade em geral se colocassem a respeito da importância daquela área.


Às 19h30, o plenário da câmara estava lotado com pessoas de pé e sentadas pelos degraus. Participaram alunos de vários colégios, como do cursinho Israel Macedo, alunos do curso Técnico em Meio Ambiente do Senac, o representante da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Engenheiro Florestal José Leopoldo, vários alunos da UFG de diversos cursos como Ciências Biológicas, Geografia, Ciências Sociais, História entre outros. Paulo Hummel, um dos criadores do Movimento em Defesa da área, representantes de sindicatos, e órgãos públicos como Maria Moura Presidente do Sintego, Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás, Sousa Filho, Sub Secretário de Educação, Paulo Teodoro, Secretário do Meio Ambiente de Catalão, Mamede, Secretário do Trabalho e Renda, e alguns vereadores como Rodrigão, Regina Felix, Vanderval Florisbelo, Silvano Mecânico, Jair Humberto, o presidente da Câmara Deusmar Barbosa, o Secretário de Planejamento e Regulação Luis Severo, além de vários professores da UFG, Campus Catalão, como o Professor Laurindo Pedrosa, Professor Gabriel de Melo, Professora Luiza, entre várias outros.


Inicialmente o promotor público Mário Caixeta explicou como seria a audiência, dividida em quatro blocos, de explanação dos professores da UFG, depois a professora do Senac e arquiteta Janaína; pelo membro do movimento em defesa da área e membro do Diretório Acadêmico dos Cursos de Catalão – DACC, Maxmiller Ferreira, e por fim com participação dos presentes com três minutos cada, para perguntas e participações em geral.


O professor Gabriel explicou a importância da área, que é de fundamental importância para o micro-clima local, influenciando diretamente na temperatura, umidade do ar e escoamento da água chuva, sendo uma grande maternidade de dezenas de espécies de aves, com uma grande diversidade da flora do Cerrado.


Em seguida as professores da UFG falaram sobre a importância histórica, cultural e ambiental da área para toda a sociedade de Catalão e região. Logo após o Professor Laurindo falou sobre a importância da área no coração da cidade, e de algumas outras áreas, que já foram devastadas em Catalão, e que essa merece um final diferente.


Plenário da Câmara de Vereadores lotado.

A Professora e Arquiteta Janaína explanou as alternativas para a construção do Parque Municipal no local, que tem inúmeras possibilidades de ações para a criação de um parque no “coração” de Catalão. Logo após o aluno Maxmiller explanou sobre as possibilidades da área também, fazendo uma colocação muito importante, explicando que em muitas cidades as áreas têm de ser desapropriadas e desabitadas para a criação de parques e reservas, "e aqui em Catalão nós já temos essa área, sem a necessidade de mudança de moradores e nem de plantações de mudas, pois nesta área, tudo já está pronto, a área ainda é preservada", afirmou.


Representante do Semarh, o Engenheiro Florestal José Leopoldo

Outra importante colocação foi a do Secretário de Planejamento e Regulação, Luis Severo, quando ele afirmou: “A prefeitura não é a favor do loteamento, ponto”. Com essas palavras ele disse desmistificar o que muitos falam, sem conhecimento do caso, sobre a postura da administração municipal a respeito do assunto. E disse ainda que um sonho dele, particular, é a construção do paço municipal, juntamente com o parque na área do Pasto do Pedrinho. Sonho este que é uma das alternativas para diminuir os gastos com alugueis das várias secretarias da cidade espalhadas por Catalão.


Para o representante do Semarh, o Engenheiro Florestal José Leopoldo, “a área do Pasto do Pedrinho, pelo seu tamanho, representa um patrimônio ambiental inestimável, que, com certeza, não se encontra em qualquer cidade brasileira”, afirmou. José Leopoldo. Manifestou, ainda, que esta área urbana faz inveja a qualquer cidade brasileira, pela sua biodiversidade e importância ambiental para a população.

Paulo Hummel, fez importantes colocações a respeito do resultado da audiência pública: “Não poderia ter sido melhor a Audiência Pública realizada a respeito da destinação do Pasto do Pedrinho. Com a excelente coordenação do Promotor Mário Caixeta, auditório superlotado e com uma conclusão muito simples: a sociedade deseja que na área seja construído um parque ecológico. O promotor iniciará, em breve, contatos com a Prefeitura e com grandes empresas da região visando a desapropriação da área. Obrigado a todos que contribuíram para chegarmos até esse ponto. O Parque do Pedrinho será uma conquista coletiva. Mas a luta continua. Precisamos garantir a propriedade da área e iniciarmos imediatamente os trabalhos visando a construção do Parque. O ideal será que a Prefeitura assuma essa responsabilidade e tome a dianteira do empreendimento. Mas o Movimento não fugirá da raia se for convocado”, ressaltou Paulo Hummel.

(Rodrigo de Oliveira para o Portal Catalão).


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Pasto do Pedrinho é arrematado judicialmente por empresário, e audiência pública é marcada

No dia 23 de março o grupo do Movimento em Defesa do Pasto do Pedrinho recebeu a notícia do Promotor de Justiça Mário Henrique Cardoso Caixeta, que a área do Pasto foi arrematada judicialmente por um empresário da cidade.


A Audiência Pública, para discutir e obter a opinião da comunidade de Catalão sobre como será a destinação da área, já estava marcada para o dia 20 de abril, e mesmo após o anúncio da venda da propriedade, será realizada. Esta audiência servirá para discutir e obter a opinião da população sobre a intenção do Projeto de Lei nº 56/2011, que pretende transformar a área do Pasto de uma APP – Área de Preservação Permanente para uma APA – Área de Proteção Ambiental foi mantida.


O referido projeto de lei já foi à votação quatro vezes na Câmara dos Vereadores, mas em todas as quatro tentativas de aprovação, os integrantes do Movimento que lutam pela defesa do Pasto do Pedrinho, conseguiram se articular e o projeto não foi aprovado, pois uma das ações necessárias para isso, é haver antes uma audiência pública com toda população da cidade, para somente após, ele ser levado à votação.


A importância da mudança de uma área de APP para APA é que uma área de Preservação Permanente (APP) não pode sofrer nenhuma modificação, alteração ou construção. É de preservação permanente, como o próprio nome já diz. Mas uma área de Preservação Ambiental (APA) já pode ser alterada, e ter partes disponíveis para construções, desde que respeitadas as áreas de nascentes, com declividade acentuada, e margens de cursos de água. Mas mesmo com essas pequenas áreas preservadas, o impacto seria grande segundo estudos demonstrados em um relatório detalhado sobre a área.


A luta do Movimento é pela continuação da área como de Preservação Permanente, para que seja preservada 100% da mesma, pois qualquer alteração que seja feita naquele espaço, segundo os ambientalistas e geógrafos, será de extremo impacto ambiental para a cidade, pois a área absorve as águas das chuvas, serve para “quebrar” os ventos e possui uma grande quantidade de espécies de flora e fauna característicos do cerrado. Além da questão histórico-cultural da área, a qual foi palco da infância de grande parte da população que mora ou morou em Catalão há mais de 30, 40 anos.


Segundo informações de pessoas que conheciam o Sr. Pedro Ayres, o antigo proprietário da área, ele sempre foi muito caridoso e solidário, e sempre fez doações para a cidade de grandes partes do pasto para a construção de entidades públicas como escolas, igreja, cemitério, entre eles: a Escola Paroquial - São Bernardino de Siena, o Colégio Estadual João Netto de Campos, o Cemitério São Pedro; todas áreas doadas por ele.


É de extrema importância a participação de toda comunidade de Catalão n Audiência Pública, a qual foi divulgada ontem pela promotoria pública, e que está marcada para o dia 20 de abril, sexta-feira, às 19h30, no Plenário da Câmara de Vereadores de Catalão, à Rua Nicolau Abraão, nº 175, no Centro.


Segundo os integrantes do movimento, se os especuladores imobiliários esperam com isso (a venda da área) neutralizarem o movimento, se enganam. Só conseguiram inflamar ainda mais a luta e incentivaram os integrantes a se prepararem ainda mais para a via judicial.


“A mudança de titularidade sobre a posse de domínio na área do Pasto do Pedrinho não altera os objetivos do Movimento. A área está toda bloqueada do ponto de vista ambiental e a participação de todos os integrantes do Movimento, na Audiência Pública, é uma questão de honra”, afirmou um dos participantes. Segundo o movimento, agora ficou mais fácil fazer a propositura da desapropriação. Em tempo de Rio +20, os governantes devem corresponder aos anseios da preservação ambiental.


Segundo Gabriel de Melo Neto, um dos integrantes/fundadores do Movimento, “Essa compra não muda em nada a nossa disposição em prol da criação do ‘Parque Ecológico Municipal no Pasto do Pedrinho’. A única diferença, que ao invés da Prefeitura ter que desapropriar essa área junto aos familiares do senhor Pedro Ayres, terá que fazer com o senhor Rampelotti, que comprou uma área sabendo que a mesma é de grande interesse socioambiental e sem qualquer possibilidade de abrigar edificações prediais por ser uma APP. Esperamos que o ‘bom senso’ fale mais alto do que a especulação imobiliária. E vamos continuar com o nosso ‘bom combate’ para isso. E Viva o Parque Ecológico Municipal do Pasto do Pedrinho”, finalizou.


Veja aqui o Edital de Convocação para Audiência Pública.

segunda-feira, 5 de março de 2012

A respeito da matéria veiculada pela TV Pirapitinga sobre a caminhada do dia 2 de março em defesa do Pasto do Pedrinho

Após assistir a reportagem da TV Pirapitinga, fiquei preocupado com a abordagem dada sobre o assunto pela emissora.

A reportagem informou que havia na manifestação cerca de150 pessoas, mas apenas um dos 6 colégios que participaram do evento, colocaram esse número de estudantes nas ruas e os outros???? Sem ignorar a presença dos estudantes e professores da UFG, e todas as demais pertencentes aos movimentos sociais, igrejas, sindicatos, entre outros setores da sociedade que participaram dessa manifestação em defesa da VIDA.

Informaram que a prefeitura de Catalão não recebeu e nem tem qualquer projeto relacionado a criação de um Parque Ecológico no Pasto do Pedrinho. Mas nos anos de 2003 e 2004, o prefeito em exercício à época elaborou e amplamente divulgou um projeto com esse objetivo, tendo inclusive realizado um deposito em juízo para a compra da área.

Como ignorar o Parecer Técnico Científico, que propõem a criação do Parque Ecológico, elaborado pela Associação dos Geógrafos Brasileiros AGB – Seção Catalão, através de uma equipe multiprofissional composta por mestres e doutores nas áreas de geografia, biologia, engenharia e ecologia, que foi protocolado em novembro de 2011 junto a vários órgãos do município entre eles Ministério Público, Câmara de Vereadores e a Prefeitura Municipal, sendo uma cópia enviada para a equipe de Jornalismo da TV Pirapitinga na mesma época.

Outro fato que merece destaque, é que uma reportagem sobre uma manifestação em defesa do Pasto do Pedrinho, dedicou um tempo expressivo, salientado a proposta de criação de um condomínio na área e ainda ignorou a atuação do Movimento que por 4 vezes derrubou na Câmara de Vereadores o projeto de Lei que prevê a mudança na legislação para tal fim. Bem como, o papel decisivo do Movimento em Defesa do Pasto do Pedrinho, na garantia da Audiência Pública, que apenas irá ocorrer graças a manifestação da sociedade catalana que não concorda com a destruição do “Coração Verde” do nosso município.

(Gabriel de Melo Neto, em comentário sobre a reportagem exibida pela TV Pirapitinga no jornal da TV Anhanguera, às 19h do dia 2 de março).

Caminhada em defesa ao Pasto do Pedrinho e Abraço simbólico na área

Foi muito proveitosa e bonita a caminhada feita sexta-feira, dia 2 de março, com início às 9 horas, partindo de frente a UFG. Cerca de 200 pessoas entre alunos e comunidade começaram a Caminhada em frente ao Campus da UFG, até chegar à Praça do Estudante, onde já aguardavam cerca de 500 alunos.

A Caminhada foi uma iniciativa do DACC (Diretório Acadêmico dos Cursos de Catalão) e Centros Acadêmicos da UFG/CaC, e contou com a colaboração de vários colégios entre eles: Escola São Bernardinho de Siena (Paroquial), Nacional, Objetivo, Aprov, Universitário e Colégio Sousa Araújo. Além dos colégios a caminhada contou com a participação dos Movimentos Sociais como: a AGB - Seção Catalão (Associação dos Geógrafos Brasileiros), MCP (Movimento Camponês Popular), representantes do Sintego (Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Goiás), SindiCatalão, Simecat (Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão), Rotary Catalão, Sindicato do Comércio, além de representantes da Paróquia São Vicente de Paula e da Associação dos Ministros Evangélicos (pastores Daniel e Antônio).

Muito bem organizada, com carros de som, e muitas faixas em Defesa da criação do Parque Ecológico Pasto do Pedrinho, os alunos subiram pela rua que dá acesso ao Pasto e deram o abraço simbólico na área com cerca de 900 pessoas ao todo.

Alunos e comunidade dando "abraço" na área do Pasto do Pedrinho.

(No menu do lado direito do Blog há uma página com o nome "Caminhada e Abraço em Defesa do Pasto do Pedrinho", lá estão várias fotos desse evento).

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Reportagem no Diário de Catalão de 14/02/2012

“Movimento Pasto do Pedrinho” quer promover audiência pública para debater o futuro da principal área verde do perímetro urbano de Catalão  

Cleber Borges
No último sábado (11), o empresário-ambientalista Paulo Hummel promoveu mais um encontro para debater o futuro do Pasto do Pedrinho, a maior área verde do perímetro urbano de Catalão (52 ha) que, depois que seus proprietários faleceram nos anos 70, nem a população e nem o Poder Público sabe qual a destinação que ela terá. Hummel se articula desde o ano passado para transformar a área num parque ambiental. Parte das pessoas presentes na reunião realizada no auditório Sirlene Duarte, da UFG, era composta por estudantes daquela universidade, jornalistas, profissionais liberais e da comunidade que ele criou na rede social Facebook com intuito de envolvê-la com o que o articulista considera a principal questão ambiental da região Sudeste da atualidade. Depois de quase quatro horas de debate, ele concedeu a seguinte entrevista para o Diário de Catalão. Confira.

DC – O senhor não é o primeiro idealista a querer “salvar” aquela área, como surgiu a idéia?
PH – De fato, a idéia de criação do parque é antiga. Vários prefeitos já tentaram e nãoconseguiram. O pessoal da UFG, até por uma questão profissional, acadêmica, sempre tratou desse assunto. A novidade que aconteceu no final do ano passado é que a gente passou a conscientizar a população sobre a necessidade de se envolver com a questão. O veículo utilizado foi o Facebook, um dos canais das redes sociais da internet. A idéia veio com o S.O.S Olhos D’água, movimento quesurgiu em Brasília visando a expansão de um parque. Lá, a expansão só aconteceu a partir da mobilização popular. Espero que isso aconteça aqui também.  
DC – e como o movimento, a mobilização tomou força?

PH - Em novembro de 2011, a gente conseguiu levar a proposta para muita gente através doFacebook. A partir daí, várias pessoas começaram a discutir o problema. Logo a imprensa também “comprou a idéia” e começou a divulgar nosso projeto. Então passamos a levar o movimento para escolas, Rotary e outros clubes sociais e de serviços, que também começaram a se envolver.
DC – Como o senhor mesmo disse, muitos prefeitos tentaram e não conseguiram municipalizar a área. Em termos práticos, o que se conseguiu até o momento?
PH - Até o momento, a principal conquista do movimento foi a ampliação da conscientizaçãodas pessoas para a importância daquela área verde. Recentemente, o movimento também conseguiu abrir um canal de conversação com o município. Até bem pouco tempo, a maioria das pessoas achava que a área já havia sido comprada por um grupo empresarial e que ele iria erguer em empreendimento imobiliário ali.            
DC - É verdade que empresários já apresentaram projetos de construção naquela área?
PH - Existem pelo menos três grupos empresariais interessados nela, mas, até o momento, só opessoal de Goiânia, a incorporadora Cal mostrou a cara. Em Catalão existem também dois grupos interessados, mas eles não se manifestam publicamente ou usam laranjas para tratar o assunto.
DC - Não é meio contraditório o senhor ser um empresário do ramo imobiliário e estar levantando um questionamento desta natureza?
PH - Não. Não vejo nenhuma contradição, mesmo porque, para edificar minhas construções souobrigado por lei a obter licença ambiental para tudo que faço. São coisas distintas. Meu trabalho profissional não tem nada a ver com minha atuação na área ambiental. O Pasto do Pedrinho povoa minha memória de infância, de adolescência, então é um envolvimento emocional.
DC - O que o senhor vislumbra com esse movimento? Qual seria a maneira prática de se obter a área para, posteriormente, transformá-la efetivamente num parque ambiental?
PH - Ao que tudo indica a maneira mais prática de se levantar recursos para esse fim seria atransformação da compensação ambiental das empresas que exploram recursos hidrelétricos na região ou multas aplicadas a elas por danos ambientais.
DC – Qual a avaliação que o senhor faz desta reunião de hoje (sábado)?

PH - Foi uma reunião muito boa porque discutimos vários assuntos pertinentes. Balanço dotrabalho de conscientização, contatos políticos com o prefeito e com o promotor do Meio Ambiente, o relacionamento com as demais instituições, e discutimos a criação de uma associação, de uma personalidade jurídica para o movimento, proposta que não teve consenso. Parece que vai prevalecer a idéia de um fórum com participação de movimentos políticos e outras instituições municipais importantes.
DC – Quais serão os próximos passos do movimento?

PH - Para ampliar nossa atuação, vamos ter que conseguir recursos. Nossa discussão agora é essa:como ampliar as ações do movimento. Estamos pensando em aumentar a produção de adesivos, em fazer camisetas com a marca do movimento, panfletagem, realização de eventos como o Abraço ao Parque, por exemplo, que o pessoal da UFG quer fazer. Isso pode não levantar dinheiro, mas pode despertar o interesse da mídia, do empresariado.
DC – Falou-se também na possibilidade da realização de uma audiência pública para discutir a alteração do status daquela área de APP (Área de Preservação Permanente) para APA (Área de Preservação Ambiental), o que isso significa?
PH - O objetivo da audiência pública é discutir basicamente a destinação da área do Pasto doPedrinho. Já que existe um projeto de lei tramitando na Câmara, a Constituição exige que para se fazer mudança no Plano Diretor da cidade, além de estudos técnicos específicos, abra-se também uma discussão com a sociedade.
DC - O movimento está de fato preparado para essa audiência?
PH - Vamos ter que nos preparar melhor. Vamos ter que elaborar projetos. Nos próximos dias,vamos nos preparar para fazer uma apresentação realmente convincente do que foi, é e será o Pasto do Pedrinho no futuro, dependendo da forma como ele será tratado a partir de agora.

DC - E o Ministério Público, tem sido parceiro?
PH - Além da demonstração de boa vontade com a questão ambiental, temos recebido muito apoiodaquela instituição.
DC – A audiência pública deverá acontecer quando? Ela estará aberta a toda a população?
PH – Essa grande discussão deverá acontecer na segunda quinzena de março. Claro, todas aspessoas, dirigentes, representantes ou não de entidades podem e devem participar desse debate que poderá alterar o destino da principal área verde de Catalão. Queremos preservá-la como um nicho ecológico, histórico e social para a atual e as futuras gerações. Quem quiser se inteirar sobre o evento ou se envolver na mobilização basta acessar a página Movimento Pela Criação do ParqueMunicipal do Pasto do Pedrinho, no Facebook.
No final da reunião, lembrando que o Movimento tem identidade própria, que é a defesa da natureza, a mitóloga Luciana Ayres Mesquita disse que, a partir de agora – neste ano eleitoral - a tendência é de que a bandeira também seja levantada por candidatos, possibilidade que ela achanegativa e positiva ao mesmo tempo. Segundo ela, é dever dos representantes da sociedade acatar a vontade da maioria popular.